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A Dobra é uma distribuidora de material contracultural independente.

Para Deleuze, tudo no mundo existe dobrado. Sendo assim, nós poderíamos dizer que são essas múltiplas dobraduras do Fora que vão produzir diferentes modos de expressão da subjetividade. A Dobra, neste caso, pode ser caracterizada como o ponto de inflexão através do qual se constitui um determinado tipo de relação consigo; o modo pelo qual se produz um Dentro do Fora. A noção de dobra não é, portanto, independente do campo social: a produção de um certo tipo de relação consigo e com o mundo é coextensiva às forças que atravessam e constituem um determinado arranjo do tecido social.

Há quatro tipos de dobras presentes em qualquer modo de subjetivação. A primeira concerne à "parte material de nós mesmos que vai ser cercada, apanhada na dobra" (o corpo, entre os gregos; a carne, entre os cristãos, e assim por diante). A segunda dobra é a "regra singular" pela qual "a relação de forças é vergada para tornar-se relação consigo" (pode ser tanto uma regra "divina", "racional", "estética", ou outra, conforme o caso). A terceira dobra é a maneira pela qual se constitui uma relação entre saber e verdade. A quarta dobra se refere àquilo que o sujeito espera do exterior. Esta última dobra já pressupõe um modo de subjetivação calcado na idéia de uma divisão entre o dentro e o fora, característico das formações ocidentais.

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